segunda-feira, 26 de março de 2018

“NÃO JULGUE OS OUTROS: O PECADO DELES É DIFERENTE DO SEU!”


NÃO JULGUE OS OUTROS: O PECADO DELES É DIFERENTE DO SEU!”
( Professora Maria Célia Frohlich)

“Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes  medido,   também vós sereis  medidos. Por que olhas a palha que está no olho de teu  irmão e não vês a trave que está no teu? Hipócrita! Tira primeiro  a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. Estas são palavras de Jesus Cristo e é com e sobre elas  que quero falar.  
É incrível a facilidade com que julgamos os outros e com que os outros nos julgam. Como disse Jesus, vemos a falha no outro - que nós consideramos falha – e partimos para o julgamento. “Não julgueis para não serdes julgados”: já ouvimos  isso várias vezes. É uma advertência clara de que toda má ação que cometemos gera prejuízo para nós mesmos, porque quando julgamos o outro, estamos medindo a  nós mesmos.
Quem sou eu para dizer à outra pessoa o que é certo ou errado... Eu não vivo a vida dela, eu não sinto o que ela sente, eu não experencio as mesmas coisas que ela, muito menos sei o que se passa no íntimo dela. Eu, dificilmente – ou quase nunca – julgo as escolhas de alguém. Pelo contrário: lá estou eu, falando, conversando, levando uma palavra de amor e carinho para que essa pessoa possa encontrar e escolher o melhor caminho, mas SEM JULGAMENTO. E estarei ao lado dela independentemente da escolha que fizer. Não vou gostar menos dela por isso, porque a experiência e a necessidade de viver aquilo não é minha, mas dela.  Cheguei  à conclusão de que os defeitos, os erros, as falhas que vemos nos outros são falhas que temos em nós, em maior ou menor grau. Como é que notamos quando alguém está sendo malicioso? Porque conhecemos a malícia. Se não conhecêssemos, não perceberíamos. E assim é com a bondade, com o amor...
Como podemos cuidar dos erros alheios se não cuidamos dos próprios?  Como é que somos tão severos com as falhas dos outros e sempre arrumamos uma desculpa para as nossas? Dois pesos e duas medidas. Uma pessoa muito próxima de mim, disse: “até aceito o julgamento de alguém, mas esse alguém tem que ser muito perfeito e não ter falhas.” Apontamos os defeitos dos outros numa tentativa ridícula de nos destacarmos, pois nos elevamos a nossos próprios olhos e diminuímos o próximo com nossas conclusões tortas e nossos julgamentos fraudulentos.
Quem você acha que nos julga? Deus que não é - e seria o único que poderia fazê-lo. Deus nos deu a consciência e é ela que se encarrega de observar, analisar e julgar. Sim, somos nós que nos julgamos. Pecado é aquilo que nos faz deitar no travesseiro à noite e não nos deixa dormir. Quando sentimos remorso por um erro cometido somos nós que estamos nos julgando porque sabemos que erramos: o remorso já é a nossa sentença. “Atire a primeira pedra quem não tiver o telhado de vidro...!” Quem se arrisca a ser o primeiro?
Pois é assim que funciona. Nós somos nossos juízes. E nos julgamos com a medida que usamos para julgar os outros. Devemos lembrar que a aparência que temos faz parte dos nossos desafios. Que a vida que levamos faz parte do nosso aprendizado. Não somos um corpo, estamos temporariamente ligados a um corpo. E no julgamento final serei EU X EU.  “Pelas suas palavras e atitudes serás condenado”, disse o grande mestre Jesus.
O julgamento que você faz dos outros e das suas atitudes é o mesmo julgamento que a vida irá aplicar a você. Para considerar a Lei de causa e efeito é preciso considerar muitas coisas. A existência presente é apenas um pequeno ponto na eternidade. Mas ao final de tudo compete a nós mesmos não nos deixarmos atingir por uma atitude que consideramos equivocada. Afinal, se errarmos  ou acertarmos, se formos condenados ou libertos, o mérito final será de cada um.
Paulo Coelho disse: “Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um  sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é ACHARMOS que estamos no caminho certo, outra é ACHARMOS que nosso caminho é o único!”
Acho que não seria necessário dizer mais nada, mas vou completar: Toda vez que alguém pensar em julgar o outro que corra se olhar no espelho!!!!
Abraço fraterno e Que Assim Seja!!!!!

RECEITA DO AMOR


segunda-feira, 12 de março de 2018

POEMA PEDRO BANDEIRA






Esse Pequeno Mundo



Sei que o mundo é mais que a casa,
Mais que a rua, mais que a escola,
Mais que a mãe e mais que o pai.

Vai além do horizonte,
Que eu desenhei no caderno,
Como linha reta e preta,
Que separa azul de verde.

Sei que é muito, sei que é grande,
Sei que é cheio, sei que é vasto.

Me disseram que é uma bola,
Que flutua pelo espaço,
Atirada pelo espaço,
Atirada pelo chute
De um gigante poderoso;
Vai direto para um gol,
Que ninguém sabe onde é.

Mas para mim o que mais conta
É este mundo que eu conheço
E que cabe direitinho
Bem debaixo do meu pé.